Vejo por aí muitos jovens e adolescentes dizendo que já viveu, conheceu ou experimentou o amor, e quando paro pra pensar sobre o assunto e reparo o quanto as mães amam, concluo, que ninguém é capaz de amar como uma mulher-mãe.
A garota veio ao mundo pra ser uma mulher, pra ser a companheira e sensível menina, pra ser a delicada e ingênua da sociedade. Veio com um dom de gerar descendentes que é algo extremamente apaixonante. Não sou mãe ainda, mais imagino que seja basicamente assim: A mulher tem sua vida, o seu trabalho, a sua rotina, tudo dentro dos conformes e desde quando vira uma mulher-mãe a sua vida deixa de existir e tudo se concentra ao pequeno ser que pertence a ela. Discordo totalmente do mundo que diz: "os filhos não foram feitos para a mãe, e sim para o mundo"... Ninguém tem mais poder sobre o filho do que a mãe, ninguém pode mudar esse sentimento eterno e profundo.
Atualmente, todos amam por amar; Mais uma mãe não.
Uma mãe enfrenta qualquer dificuldade pra estar com seu filho, destrói o mundo se necessário pra ver seu filho bem, suporta todas as chateações de seus filhos, todas as ofensas e discussões possíveis e impossíveis; O coração de mãe é como o Wolwerine do X-Man, uma comparação muito boba, mas assim como ele se cura rapidamente o coração da mãe também se cura rapidamente de todas as dores que seus filhos lhe causam, e isso acontece inteiramente e sem sombra de dúvida alguma por causa do amor, o amor verdadeiro não o amor que a sociedade prega, esse amor que envolve interesse social, financeiro, carnal e medíocre.
Reparo aqueles filhos que faz sua mãe chorar todos os dias, que faz ela perder noites de sonos por estarem perdidos na loucura das baladas, ou até mesmo aqueles que se perderam facilmente nas drogas, no tráfico, na violência mundana, e a única coisa que ela se pergunta é: Onde foi que eu errei?
Agora faça um momento de reflexão, foi mesmo a mãe que errou? Aposto que ela fez o seu melhor pra ter um filho direito, bom, integro, tenho certeza que ela não dormiu por várias noites preocupada com o que podia fazer pra você melhorar na escola, ou que tipo de chá te dar pra passar a maldita cólica que fazia você esgoelar mesmo recém nascido. Garanto a você que ela rezou mais de mil Ave-Maria pra que você possa estar sempre protegido pelas mãos Divina.
Onde essa mulher errou?
O mundo é um sujeito traidor, malandro, e você infelizmente não percebe o que ele faz com você. Ele te consome, ele faz você ver que é nas pessoas da rua que você deve confiar, ele faz você ver que só seus amigos são bons o bastante, ele coloca em sua vida pessoas que só diz sim a você pra você acha-los eternos e parceiros. O mundo te cega e te usa, te usa pro tráfico, te usa pra consumir drogas, te usa para a rebeldia, te usa pra destruir qualquer paz que sua mãe tenha, e muito pior que isso, te usa pra destruir sua própria vida. Talvez quando você perceber isso seja tarde, ou talvez não. Mais garanto, quando o mundo te der uma surra não vai ser os seus amigos "maneiros" que vai estender as mãos, vai ser a pobre coitada da sua mãe que vai estender os braços, te aconchegar em seu colo e dizer: "conte comigo, pois o meu amor é capaz de curar o que o mundo destruiu", porque ela é mulher e nasceu pra amar, pra perdoar, pra zelar, pra ser mãe.
sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013
Eles já sabiam
"Algumas pessoas têm isso. De alguma maneira elas sentem quando – mesmo sem nenhuma indicação palpável – aquele pessoa vai acabar nos seus braços, cedo ou tarde. E naquela noite ambos sentiram isso. Não houve nenhum toque mais íntimo, nem um abraço sequer. Não houve palavras ao pé do ouvido, não houve dança juntos nem beijinho no canto da boca. Eles simplesmente sabiam. Só houve alguns poucos olhares. Que foram o suficiente, afinal, eles já sabiam mesmo. Mas nesse dia, algumas intempéries evitaram que aquele fosse o dia. Os olhares continuaram até ele ir embora, antes dela. E eles se despediram sem medo, sem pressa, sem arrependimento, afinal, eles sabiam.
Alguns dias depois se falaram pela Internet. Em poucos minutos um descobriu que o outro também sabia. E assim, pela Internet, sem nem se ver, eles já sabiam – e dessa vez até combinaram – que seriam um do outro. Nesse mesmo dia ele saiu com as amigas dela. Amigas em comum. Ele insistiu para que ela fosse, mas uma forte tosse parecia querer adiar de qualquer maneira o encontro. E ela não foi. Ele foi, e trocou mensagens com ela a noite toda. Mensagens melosas, já em tom de namoro. Mas ainda nem sequer tinham se beijado. Só haviam se encontrado duas vezes, em duas boates. Poderia ser até que nem se reconhecessem durante o dia. Mas isso não importava, eles sabiam.
Se falaram longamente também no dia seguinte – ainda impedidos de ser ver, menos por causa da tosse do que pela vaidade dela em não deixá-lo vê-la daquele jeito. Conversaram ao telefone, na Internet, mensagens. Não que ainda precisassem de mais palavras, mas se ele falavam e se falavam. Na segunda feira, enfim, se encontraram. Na casa dela. Se encontraram, conversaram banalidades e essas coisas. Não tinham pressa, eles sabiam. Num momento desses meio transcendentais que a gente nunca admite que acontece, ela, de repente, parou o que fazia e o fitou. Ele a olhava. E, sem dizer mais uma palavra, se beijaram. E esse ato se repetiu, com apenas um dia de ausência, durante vinte e dois dias. Sete dias depois estavam namorando, e hoje, parece que estão juntos há anos. Um é tudo o que o outro precisava. Houve contratempos, claro. Algumas coisas no passado dela se fizeram de difícil digestão pelo machismo retrógrado, conservador e orgulhoso dele. Da parte dela, foi difícil, depois de uma desilusão das piores, admitir que havia novamente encontrado o amor. Ou sido encontrada por ele.
Mas ele mandou o machismo às favas, e ela – me desculpem o termo, mas não há outro mais apropriado – mandou a prudência e o receio para a puta que pariu. E ficaram juntos. E estão até agora. E, pelo jeito que a coisa vai, passando por cima de todas as pedras no caminho, pedras essas que não foram poucas. Mas eles passaram por elas, e, há poucos minutos atrás, namoravam feito adolescentes e agora, alguns instantes depois, já estão morrendo de saudades, falando no diminutivo e que nem criança. Mas tudo isso só serviu pra confirmar o que, repetindo o motim desse texto, eles já sabiam desde o início." - Léo Luz www.entendaoshomens.com.br
Alguns dias depois se falaram pela Internet. Em poucos minutos um descobriu que o outro também sabia. E assim, pela Internet, sem nem se ver, eles já sabiam – e dessa vez até combinaram – que seriam um do outro. Nesse mesmo dia ele saiu com as amigas dela. Amigas em comum. Ele insistiu para que ela fosse, mas uma forte tosse parecia querer adiar de qualquer maneira o encontro. E ela não foi. Ele foi, e trocou mensagens com ela a noite toda. Mensagens melosas, já em tom de namoro. Mas ainda nem sequer tinham se beijado. Só haviam se encontrado duas vezes, em duas boates. Poderia ser até que nem se reconhecessem durante o dia. Mas isso não importava, eles sabiam.
Se falaram longamente também no dia seguinte – ainda impedidos de ser ver, menos por causa da tosse do que pela vaidade dela em não deixá-lo vê-la daquele jeito. Conversaram ao telefone, na Internet, mensagens. Não que ainda precisassem de mais palavras, mas se ele falavam e se falavam. Na segunda feira, enfim, se encontraram. Na casa dela. Se encontraram, conversaram banalidades e essas coisas. Não tinham pressa, eles sabiam. Num momento desses meio transcendentais que a gente nunca admite que acontece, ela, de repente, parou o que fazia e o fitou. Ele a olhava. E, sem dizer mais uma palavra, se beijaram. E esse ato se repetiu, com apenas um dia de ausência, durante vinte e dois dias. Sete dias depois estavam namorando, e hoje, parece que estão juntos há anos. Um é tudo o que o outro precisava. Houve contratempos, claro. Algumas coisas no passado dela se fizeram de difícil digestão pelo machismo retrógrado, conservador e orgulhoso dele. Da parte dela, foi difícil, depois de uma desilusão das piores, admitir que havia novamente encontrado o amor. Ou sido encontrada por ele.
Mas ele mandou o machismo às favas, e ela – me desculpem o termo, mas não há outro mais apropriado – mandou a prudência e o receio para a puta que pariu. E ficaram juntos. E estão até agora. E, pelo jeito que a coisa vai, passando por cima de todas as pedras no caminho, pedras essas que não foram poucas. Mas eles passaram por elas, e, há poucos minutos atrás, namoravam feito adolescentes e agora, alguns instantes depois, já estão morrendo de saudades, falando no diminutivo e que nem criança. Mas tudo isso só serviu pra confirmar o que, repetindo o motim desse texto, eles já sabiam desde o início." - Léo Luz www.entendaoshomens.com.br
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